Loja virtual ou Site: fazer eu mesmo ou contratar?

ecommerce-websiteNão existe uma resposta simples para essa pergunta. A diversidade de situações, de produtos e serviços, além da questão de foco na sua atividade fim, é que vão definir esse caminho.

Nós aqui do GQP lidamos com esse tema em bases cotidianas, e procuramos, sempre, personalizar as soluções que oferecemos aos nossos clientes e prospects. Acreditamos que cada caso é único, e não acreditamos em soluções massificadas.

Essa é a nossa filosofia de trabalho desde o início de nossas atividades em meados de 2008: sites tem de ter a cara do dono. Precisam, de alguma forma, reproduzir virtualmente o seu negócio ou trabalho, mostrar sua personalidade ao internauta.

caetanoAbaixo, um rápido perguntas & respostas com o #Ostiore, webmaster no GQP, para tentar clarear a pergunta tema deste artigo, “Loja virtual ou Site: fazer eu mesmo ou contratar?“:

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GQP – E então, como anda a internet brasileira?

Ostiore – Bombando! (risos). Mas olha, eu não acredito em “internet brasileira”, internet é mundial. Mesmo que a língua portuguesa nos mantenha afastados por algum tempo das coisas de ponta, tudo acaba chegando. E você não vai acreditar, o positivo é que a língua brasileira nos protege de muitas ameaças virtuais. Hacker tem preguiça de aprender português (risos). Nos EUA o problema hacker é muito maior. E o volume de apps novos chegando ao mercado todos os dias beira o inacreditável. Sem medo de errar, hoje você pode fazer a MESMA COISA de mil e uma formas diferentes, e obter resultados semelhantes. O espraiamento e reedições modernizadas das ferramentas e softwares para isso ou para aquilo chega a inviabilizar a maioria dos projetos novos. Qualquer coisa que você pensar já está sendo feita. Ou quase. Nunca me esqueço que em 1996 todos usávamos um aplicativo de chat chamado ICQ, muito similar ao atual e fantástico WhatsApp. Falando de reedições: quantos anos tem Pokemon? (risos).

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GQP – E o que isso representa na vida do usuário comum/leigo?

Ostiore – Confusão. Dúvida. Golpes e truques. Na criação de necessidades que não existem, visando apenas tomar o seu dinheiro. O pequeno empresário ou pessoa de negócios que se aventurar sozinho em seu site, sua loja virtual, e-commerce, tem 99% de chance de se ferrar, perder seu dinheiro, e pior, naufragar seus esforços empreendedores. Num país como o Brasil, onde o ambiente de negócios é perverso com seus juros estúpidos, regras espúrias, carga trabalhista e impostos acachapantes, jogar capital fora em serviços web que não irão te proporcionar divulgação adequada ou receitas reais, ou que tenham altos custos sem chances de retorno, pode ser fatal. E é o que acontece em grande partes das vezes.

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GQP – Mas esse empreender, tentar por si mesmo, não é parte do jeito brasileiro de ser?

Ostiore – É sim. É uma ideologia propalada e repetida, mas também uma falácia absurda. Basta ver o índice de mortandade das pequenas empresas. Se o Sebrae fosse honesto na sua ação, seu conselho deveria ser: “Fique quieto no seu emprego e conforme-se”. Não critico o trabalho que o Sebrae se esforça em fazer. Mas eles enxugam gelo perante a realidade brasileira. Esta ideologia dominante é tão perversa quanto o ambiente de negócios. Vejo todo o tempo programas tipo pequenas empresas, mundo empresarial, etc., mostrando o “sucesso” da dona Maria, que sem emprego, foi fabricar bolos, e pela internet conseguir faturar um milhão de reais por mês… As pessoas vêm isso e se animam, acreditam que se pra ela deu certo, para mim vai dar também…. é exatamente isso que esses programas querem, esse é o objetivo, para vender franquias talvez? Mas isso é odioso e falso, porque se voltarmos na dona Maria daqui a 3 meses, ela provavelmente estará afogada em dívidas de cartões de crédito, em ações trabalhistas, fiscais da prefeitura, e enrolada na sanha arrecadatória dos governos municipal, estadual e federal. Precisamos de uma dose de realidade e bom senso. Quer saber, precisamos é de mais verdade nestas coisas também.

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GQP – E qual a solução?

Ostiore – Na internet, no mundo virtual de e-commerce e sites, creio que seja enxergar as coisas como elas são. Não existe almoço grátis. Não existem soluções milagrosas. Não existe bom e de graça. O que existe de fato é trabalho duro, planejamento, passo a passo, dedicação, e tempo que passa, para as coisas acontecerem de verdade. Plantar para colher. E foco, muito foco. Concentre-se no seu negócio, na sua atividade fim.

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GQP – Sobre uma frase que você teria dito a um cliente, “vá para o mercado livre, você não precisa de site.”?

Ostiore – Disse sim (risos)… e ainda sou muito criticado por isso. E olha, não entendo porquê. Eu deveria fazer o quê, tomar o dinheiro daquela pessoa que está confiando a nós a sua necessidade? Enganá-lo, dizendo que tenho um site assim e assado que vai levá-lo ao paraíso do sucesso, enquanto na verdade a solução de negócios que ele buscava tinha mais a ver com a sua atuação individual em uma destas plataformas de vendas? As coisas são o que são. Ele queria vender um bem de consumo eletrônico, produto de qualidade, com uma margem pequena. Um único produto. Qual o sentido de oferecer a essa pessoa um pacote com site de presença corporativa virtual + loja virtual + assessoria de gestão de websites e negócios, como fazemos normalmente, se esse não era o momento certo neste empreendimento dele? Preferi indicá-lo a solução mais efetiva, barata e prática, mercado livre associado a um tripé de redes sociais. E te afirmo, com convicção: ele tem ótimas chances de prosperar e, em um ano, nos procurar, ai sim no momento certo, com sua reputação construída, mais experiente e definido, seu capital e fluxo de caixa compostos, para então expandir seu negócio em um verdadeiro e-commerce. É assim que penso.

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GQP – Então sua resposta é “faça você mesmo”!

Ostiore – De jeito nenhum! Sou completamente contrário ao faça você mesmo na internet. De novo, a gente tem de ver as coisas como elas são. Se você se meteu a empreender, prepare-se para trabalhar como um louco. Um milhão de pequenos problemas e questões vão se apresentar diariamente para você. Conquistar novos clientes, manter os antigos, cuidar de fluxo de caixa, de compras, de fornecedores, de contas a pagar, de logística, de funcionários, de seus produtos ou serviços. Já é um volume de trabalho para muito mais do que 24 horas por dia. A última coisa que esse empreendedor precisa é ter de passar horas e horas em frente a um computador “fazendo o seu site”. Ele precisa é focar sua energia em fazer o que ele faz bem: o seu negócio.

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GQP – Então é “cada macaco no seu galho”?

Ostiore – Sim, com certeza. E não é só isso né? Sua loja virtual ou site precisa passar uma imagem profissional, de confiança. Sem isso o internauta corre dali. As pessoas diferenciam o que é profissional do que é amador. São nuances perceptíveis, quase inconscientes. E valorizam isso. E atribuem esse valor a sua imagem de negócios. Apenas um profissional consegue repassar essa imagem de credibilidade de seu negócio em um site ou e-commerce. Ter uma linha de comunicação social lógica encadeado em seu menu, em suas páginas. Passar uma mensagem ao internauta. Conquistá-lo. Um amador não. Um site ou e-commerce precisa ser trabalhado junto aos buscadores, como o Google e o Bing, pra citar os maiores. Sem isso seu site nem sequer é encontrado em meio aos milhões de sites existentes. Um amador não consegue fazer isso de verdade, é complexo demais. Para um site ou loja existir ele precisa ser alterado, renovado e melhorado constantemente, e, na prática cotidiana, uma empresa não tem como priorizar isso. Se a própria empresa ou empresário “cuida” de seu site ou e-commerce, ele sempre é relegado a um segundo plano, nunca dá tempo, vai ficando de lado e morrendo. E com ele morre a imagem de seu negócio, porque hoje em dia, antes de fazer qualquer negócio, as pessoas procuram o seu site para se informar a seu respeito. Observe: as pessoas procuram o seu site, não a sua rede social. Compreende a diferença? Rede social é pra oba-oba, divertir, distrair. Para a coisa séria, é site. E se encontrarem porcaria, vão te atribuir este valor… Enfim, se quer algo bom e de valor, procure um profissional, negocie seus preços e seja feliz.

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GQP – E sobre essas plataformas de “construa seu site ou loja em minutos”?

Ostiore – São caça-níqueis, é assim que eu os vejo. Ganham muito dinheiro por sobre a ingenuidade, boa fé e esperança das pessoas que querem trabalhar. Algo muito comum nessa nossa sociedade absurdamente consumista. A pessoa perde semanas montando seu site ou loja. Gasta horas e horas tentando entender e aprender sobre coisas que não tem nada a ver com seu negócio. E via de regra desistem depois de 3 meses, naturalmente. Mas já foram debitados em seus cartões de credito vários valores e mensalidades. E o pobre, além de ter sido expropriado, sai disso com uma sensação de fracasso…. Sei que é horrível essa simplificação que faço, mas me diga que estou errado? O mesmo principio caça-níqueis se aplica aos anúncios por clique, que hoje grassam com força em toda a internet. “Seja visto por 100 mil pessoas”, que legal! Barato! Você paga e é visto. E não vende nada. E quando o empresário gasta muito dinheiro em anúncios por clique, que proporcionam algum resultado imediato de retorno real, no momento em que você para de pagar/anunciar, você some da internet. Tudo acaba. Isso porque você usou todo o seu dinheiro no caça-níqueis, em vez de investir nos conteúdos de seu site ou e-commerce, que é exatamente o que te levaria para o futuro, talvez mais devagar, mas com consistência, solidez, sem a fugacidade das redes sociais. Vou ainda mais longe se me permitir: redes sociais são perigosas! Constrói-se em torno de você ou do seu trabalho uma turma de amigos e admiradores, que te aplaudem com entusiasmo, que incentivam, motivam, e te deixam super feliz. Mas na verdade estão te passando uma falsa impressão de sucesso, de que tudo está bem… cuidado, seus tietes, parentes e amigos não são o mercado consumidor.

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GQP – Então responda a pergunta: Faça você mesmo ou contrate?

Ostiore – Depende. Aquele caso que citamos acima era de faça você mesmo. Não um self made site, não uma rede social, mas sim para uma plataforma de vendas consagrada, simples e funcional. Se a situação dele fosse levemente diferenciada, seria contrate. Talvez a resposta seja a do bom senso. O que é melhor para o seu caso? Qual o ganho real que obterei fazendo isto ou aquilo? E principalmente, procure diagnosticar em que momento do seu empreendimento você está. Seu capital, seu fluxo de caixa, sua estrutura. Cada detalhe conta para a tomada de decisão. E não tema pedir ajuda. Nós aqui do GQP respondemos suas perguntas. De forma bem sincera (risos).

Belo Horizonte, setembro de 2016

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